Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado, o Palácio Piratini está recebendo cuidados especiais. Com investimento público de R$ 3 milhões, a sede do governo gaúcho, em Porto Alegre, passa por obras de restauro e conservação.
A primeira fase dos trabalhos teve início em abril e segue até janeiro, com uma série de ações. As medidas incluem, por exemplo, a pintura dos salões, a recuperação de fachadas, dos portões de gradil e das janelas de madeira e uma cuidadosa lavagem dos pisos de pedra.
— O trabalho é gigantesco e fundamental para a salvaguarda do prédio. Estamos focando no que é mais urgente — explica Mateus Gomes, diretor de Conservação e Memória do Palácio.
Outras três etapas estão previstas para começar entre o fim deste ano e o início de 2023, incluindo a recuperação do terraço da ala residencial, com o controle de infiltrações, e a requalificação de parte da ala governamental (com melhorias nos ambientes de trabalho das assessorias do gabinete do governador).
Conforme Gomes, outras novidades estão sendo preparadas, entre elas o restauro das 23 pinturas-murais de Aldo Locatelli e do tapete fabricado pela indústria gaúcha Rheingantz - que está localizado no gabinete do governador. As atividades estão em fase de contratação.
Sempre bom lembrar
Foi do Palácio Piratini, em agosto de 1961, que o então governador Leonel Brizola liderou a campanha da Legalidade, um movimento em defesa da democracia que marcou a história. Preservar o prédio é, também, uma forma de manter viva a memória.