Uma dificuldade surgiu na reta final da duplicação da RS-118, entre Gravataí e Sapucaia do Sul. Os usuários da rodovia perceberam a diminuição do ritmo das obras na região, principalmente entre os quilômetros 0 e 5.
O motivo é a falta momentânea de asfalto. Em comunicado ao mercado, a Petrobras informou que esta semana não fornecerá o produto. Segundo a nota, problemas climáticos impossibilitaram a amarração e descarga de navios de petróleo. A situação para a Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, deverá ser normalizada na segunda-feira (26).
Como a entrega já vinha baixa na semana passada, as construtoras acabaram reduzindo a atuação. A construtora Sultepa, responsável pelos trabalhos entre os quilômetros 5 e 21, já conseguiu retomar as atividades, após dois dias sem o produto.
Já a empresa Toniolo, Busnelo está há uma semana sem asfalto. Uma pequena carga deve ser repassada, mas ela será suficiente para a execução de para apenas dois dias.
A construtora Sogel já concluiu seu trabalho no viaduto sobre a linha do Trensurb. Porém, a elevada não pode ser liberada para o uso sem a aplicação da última camada de asfalto. Enquanto isso, a Toniolo, Busnelo está fazendo os serviços na parte de baixo da estrutura.
14 anos
Desde o começo das obras, em julho de 2006, já foram entregues quatro viadutos e uma ponte, além de outras travessias menores que foram construídas. Dos 21 quilômetros da duplicação, os carros já trafegam em 19,5 de pista dupla.
A expectativa do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) é que a entrega ocorrerá, sem transtornos, até o fim do ano - conforme prometido. Dessa forma, a duplicação da RS-118 terá durado 14 anos e meio.
Pedágio na RS-118
Aproveitando que um estudo sobre concessões de rodovias está sendo conduzido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o governo do Estado incluiu a estrada no pacote de avaliações. Além do trecho em duplicação, o levantamento incluirá o trecho de pista simples de 17 quilômetros entre Gravataí e Viamão, da freeway até a RS-040.
A ideia do Conselho Gestor do Programa de Concessões e Parcerias Público-Privadas do Rio Grande do Sul é repassar a rodovia para investidores. Com a cobrança de pedágio seria possível ter recursos para poder fazer a duplicação até Viamão e cuidar da manutenção dos 21 quilômetros duplicados.