Quem passa pela região percebe a mudança. A obra da trincheira da Ceará, na zona norte de Porto Alegre, avança. A casa de bombas está recebendo as últimas janelas. Dentro dela, uma empresa executa os últimos serviços. A previsão é que a montagem seja concluída até 10 de dezembro. Nos próximos dias, a construtora Conpasul irá realizar a pintura das faixas de tráfego e colocação das placas de trânsito.
Tecnicamente, a partir da segunda quinzena de dezembro, não haverá qualquer impedimento para a prefeitura determinar a abertura da passagem de nível, acabando com os desvios no trânsito que duram quase sete anos. Recentemente, a obra recebeu iluminação e também a instalação de uma lombada eletrônica.
Por causa disso, a empresa já começou a desmobilização. Funcionários já estão sendo desligados da construção. O canteiro de obras, que funciona embaixo do viaduto Leonel Brizola, já está sendo desmontado.
A única providência que segue pendente é a instalação de telas nas paredes da trincheira. O material foi pensado para dar uma visibilidade mais bonita para a obra e também proteger contra vandalismo e colocação de lixo que possa entupir a canalização de drenagem.
Para poder fazer a instalação do material, a Conpasul precisa de 30 dias, mas acredita que esse prazo pode ser antecipado. Esse período envolve a compra e recebimento do produto, e a sua instalação. A aquisição da tela será providenciada somente após a publicação de um novo termo aditivo.
Em 23 de outubro, após vistoria na trincheira, Marchezan e Gazen anunciaram que a obra não seria mais entregue em outubro. Apesar da garantia de que a construção ficará pronta em dezembro, o contrato entre a prefeitura e a Conpasul estabelece o mês de março de 2020 como prazo final para conclusão dos trabalhos.
A obra está 99% finalizada. Projetada ao custo de R$ 29,5 milhões, a obra está custando R$ 39,37 milhões aos cofres públicos. A ordem de início foi dada em dezembro de 2012, mas os desvios no trânsito iniciaram-se em fevereiro de 2013. Os trabalhos começaram logo em seguida e tinham prazo contratual de execução de três anos.