A duplicação da RS-118 não deverá ser impactada com a debandada de servidores do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Por causa da aprovação da reforma da Previdência ocorrida na terça-feira (23) no Senado Federal, 138 servidores da autarquia pediram desligamento em outubro.
Com as aposentadorias, o Daer reduziu para pouco mais de 700 o número de servidores em atuação em Porto Alegre e nas 17 superintendências regionais distribuídas em todo o estado. Em 2016, o departamento chegou a ter 1.253 funcionários.
A maior parte dos servidores que pediram aposentadoria fazia serviços que podem ser cobertos por contratos de conservação e pavimentação e sinalização, que são assinados com construtoras. Porém, para não deixar as rodovias desassistidas, o Daer precisa contar com o auxílio da Secretaria Estadual da Fazenda. Sem dinheiro, o risco é que as estradas gaúchas fiquem sem as obras das empresas e perca também até as operações tapa-buracos que ocorriam com estes servidores que se aposentaram.
A duplicação da RS-118 foi retomada no fim de junho pelo governo. Todas as obras que precisam ser concluídas estão em andamento. O único entrave envolve o asfalto. As construtoras estão aguardando o Daer voltar a fornecer o produto. As empresas até poderiam comprar aguardando serem ressarcidas pela autarquia. Mas os valores reembolsados pelo governo são inferiores ao montante que é pago pelas construtoras.
Segundo a assessoria da Secretaria Estadual dos Transportes, a construção do viaduto sobre a linha do Trensurb, das pontes do Arroio Sapucaia, do viaduto da Theodomiro Porto da Fonseca e a duplicação em 17 dos 22 quilômetros da rodovia estarão prontas até o fim do ano.
A única obra que ficaria para ser concluída em 2020 é a duplicação de cinco quilômetros, no trecho de Sapucaia do Sul. A obra completou 13 anos em julho.