O governo Lula está enfiado até a cabeça em mais um espetáculo de hipocrisia e estelionato contra a boa-fé dos brasileiros. Como em outras ocasiões, quer tirar proveito de duas coisas que são opostas entre si. Diante dos ataques terroristas mais selvagens que seus aliados do Hamas já lançaram contra Israel, acha que a esperteza mais eficaz é fingir que tem uma posição neutra.
Quer ficar a favor dos agressores, porque apoia automaticamente as ditaduras. Mas como fazer isso é arriscado no momento, achou mais seguro “lamentar” a perda de vidas – e ficar nisso. Quer também vazar a sua eterna carga de rancor contra Israel. Mas como tem medo de falar o que pensa numa hora dessas, quando o mundo assiste às chacinas, aos sequestros de crianças, ao assassinato a sangue-frio, às torturas e aos estupros contra os israelenses, pede que os ataques cessem.
É uma fraude mal pensada, malfeita e mal-acabada
É uma fraude mal pensada, malfeita e mal- acabada. Nenhum país de respeito levou a sério essa neutralidade; fica tão na cara que o governo Lula está contra Israel e a favor do Hamas, com seus comunicados enganosos, seus silêncios e suas declarações de duplo sentido, que o Brasil se tornou cúmplice dos crimes de guerra cometidos pelos aliados do presidente. Lula em nenhum momento conseguiu dizer: “Hamas”. É como se os ataques a Israel tivessem vindo de Marte.
Quatro dias depois do início da tragédia, pediu a liberdade para as crianças sequestradas pelos terroristas. E pediu que Israel “cesse os bombardeios” contra seus inimigos em Gaza. O crime hediondo de sequestro é equiparado às ações de legítima defesa; para recuperar suas crianças, não pode mais se defender. É exatamente para isso que o Hamas fez o sequestro: para chantagear Israel, na tentativa de não sofrer bombardeios depois dos massacres que fez.
Toda a linguagem do governo é pró-terrorismo e anti-Israel. O Itamaraty soltou uma nota chamando de “falecimento” o assassinato brutal de um jovem brasileiro pelo Hamas. O consórcio PT-Psol-PCdoB, que já assinou manifestos irados em favor da organização criminosa que controla a “Palestina”, se recusa a condenar os atos terroristas. O MST e outras estrelas do regime fizeram um comício (com 150 pessoas) para apoiar a agressão.
O Ministério dos Direitos Humanos, por fim, conseguiu ficar em silêncio quase absoluto. Soltou uma notinha tão burocrática que seria melhor não ter dito nada. Acha que os participantes do quebra-quebra do 8 de janeiro são “terroristas” que merecem 17 anos de cadeia por quebrarem vidraças. Mas não diz nada sobre quem assassina centenas de inocentes. É o respeito à vida no Brasil de hoje.