
Termina em oito de maio o prazo atual dado pela Justiça do Trabalho para venda direta dos dois principais prédios do complexo industrial da Paquetá em Sapiranga, no Vale do Sinos, não arrematados em leilão. Se não ocorrer a venda, a Justiça poderá prorrogar o prazo ou autorizar novo leilão. A pergunta de leitores surgiu após a notícia da coluna sobre o encerramento da produção em fábricas da calçadista, que já foi uma gigante do setor.
Uma edificação tem 32,8 mil metros quadrados e a outra 6,4 mil metros quadrados, avaliados em R$ 72,6 milhões. Na venda direta, interessados podem oferecer um lance, sem valor mínimo definido. Se finalizada, a negociação precisa ser homologada no judiciário.
O valor é para pagar créditos trabalhistas. A estimativa do Sindicato dos Sapateiros de Sapiranga e Região é de que essa dívida some R$ 80 milhões.
Atualmente, apenas uma pequena operação industrial funciona em Sapiranga, com poucos empregados. Além disso, a marca de sapatos femininos de Nova York Larroudé alugou metade do prédio de 6,4 mil metros quadrados para instalar uma nova fábrica, em um investimento de R$ 10 milhões.
Já as demais operações fabris, tanto aqui quanto no Nordeste, foram vendidas, cedidas ou encerradas, como a coluna noticiou na semana passada. A empresa ficou em recuperação judicial por quatro anos.
Assista também ao programa Pílulas de Negócios, da coluna Acerto de Contas. Episódio desta semana: usina de R$ 6 bi, navios de petróleo em Rio Grande e ações da Renner
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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