Começa a se desvendar o "mistério" do projeto de R$ 2,6 bilhões que a CEO de uma empresa publicou no LinkedIn que seria feito em Rio Grande, no sul do Estado, intrigando políticos e empresários que desconheciam qualquer negociação. A coluna conseguiu conversar com Shelka Marques, da EnergyPro. Ela explicou que a empresa está voltando ao Rio Grande do Sul, retomando planos e reabrindo seu escritório.
Trata-se de um projeto para um complexo de geração de energia eólica e de biomassa de casca de arroz, em parceria com investidores europeus. Junto, teria data centers instalados por dois grupos dos Estados Unidos, que não podem ser divulgados ainda, diz ela. À pergunta da coluna sobre o aporte financeiro, a executiva respondeu que está 70% garantido.
Shelka disse que a EnergyPro saiu do Rio Grande do Sul em 2019, devido a problemas para escoar energia e obter licenças. Volta agora após avanço nestas duas áreas, com novas linhas de transmissão e priorização dos projetos nos órgãos ambientais.
– Nosso grupo tem sedes em Pernambuco e Ceará. Investimentos em medição de ventos e estudos ambientais para projetos eólicos – acrescenta.
Este projeto específico foi comprado em 2014 de uma empresa chamada IV, de grandes guindastes, e era chamado de Quinta Energia. Volta como Complexo Gerador Eólico Ventos do Rio Grande. A EnergyPro pedirá agora a licença prévia à Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental).
– A documentação já foi atualizada na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Serão 248 MW de energia eólica, com 40 aerogeradores Gold Wind, e 200 MW de energia térmica de biomassa – detalha
O cronograma prevê início das obras em julho de 2026 e das operações comerciais em maio de 2028.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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