Braço do UniSuper para mercados de bairro, a Rede ProSuper estreia em Porto Alegre com uma loja no bairro Sarandi. A operação tem parceria com o cinquentenário Grupo Centauro, que tem ainda postos de combustível e farmácias. O prédio foi adaptado com um investimento de R$ 3 milhões e será inaugurado nesta quinta-feira (30). O Supermercado Prix ocupa 900 m² e terá 80 vagas de estacionamento.
— Poucos mercados de bairro têm esse espaço para carros, é importante. O grupo estava construindo o prédio quando soubemos dele, desmontamos e refizemos. É muito bem localizado e junto a um posto de combustível. Pega clientes das classes A a D — comentou o CEO do UniSuper, Sandro Formenton, em entrevista ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha.
No modelo de associativismo, a Rede ProSuper foi criada em 2023 e já tem lojas em Alvorada, Nova Santa Rita e Osório. Para aderir, o mercado é modernizado com um investimento que pode partir de apenas R$ 150 mil, caso já seja bem equipado.
— Entramos para fazê-lo ganhar dinheiro e depois vamos implementando melhorias. Entre as vantagens, estão conseguir preços menores, baixas taxas de cartão de crédito, equipe comercial, marketing e orientações para o negócio. Negociamos em escala para dezenas de lojas. Com nosso centro de distribuição, o abastecimento é rápido, sem ruptura de estoque — complementa o executivo.
Em reconstrução
Fundada em 2000 pela união de empresas familiares gaúchas do setor de supermercados, a Rede UniSuper segue em reconstrução. A enchente atingiu a sede e centro de distribuição, que trocaram de endereço. Das suas 22 lojas, nove tiveram que suspender atividades. Falta reabrir apenas uma. Dos 1,2 mil funcionários, 400 tiveram perdas.
— Os trabalhadores foram gigantes, tiveram garra. Aos fornecedores e bancos, pedimos calma e um mês para apresentar um plano de reconstrução. Recebemos apoio. Fornecedores disseram "esqueçam o que têm para pagar". Bancos nos deram nove meses de carência. Ajustamos o caixa com a venda de imóveis das famílias. Mas não tivemos ajuda de governo, de onde ela deveria vir — respondeu Formenton quando questionado pela coluna como foi o malabarismo financeiro para recuperar a empresa, que viu seu faturamento mensal cair de R$ 60 milhões para R$ 16 milhões na inundação.
Embora a recuperação total deva ocorrer em até dois anos, a expansão está ocorrendo. Além das reaberturas e dos mercados de bairro, a UniSuper passou a ter atacarejos. Já está com uma loja e prepara a próxima.
— Mas será com a proposta de "atacado de bairro", um pouco diferente do que se tem feito no mercado — enfatiza o CEO.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Maria Clara Centeno (maria.centeno@zerohora.com.br)
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