Na virada do ano, o Rio Grande do Sul perderá R$ 1,3 bilhão do dinheiro liberado pelo governo federal para subvenção do juro do Programa Nacional de Apoio a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) Solidário, mais conhecido como Pronampe da enchente. Isso teria potencial de gerar mais R$ 3,9 bilhões em empréstimos a pequenos negócios impactados pela tragédia.
O cálculo é do gerente de Relações Governamentais da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Lucas Schifino. Segundo ele, foram usados R$ 1,7 bilhão do dinheiro para subsídio, financiando R$ 3,6 bilhões.
- Estamos propondo que o programa seja ampliado para empresas fora da mancha de inundação e que comprovem prejuízos. Também solicitamos aumentar o limite do empréstimo e do faturamento, permitindo que quem já tomou o crédito volte ao banco e pegue mais - diz.
O Pronampe sem subvenção é caro e terá juro ainda mais alto com o aumento da taxa Selic. O recurso para subsidiar o juro entra na leva que o Estado perderá em 31 de dezembro, quando acaba o estado de calamidade.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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