Gelou a coluna quando, no balanço de final de ano da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), o presidente Luiz Carlos Bohn projetou interferência política na taxa Selic em 2025. Isso porque o juro está alto, o presidente Lula diz que esse é o problema do país e foi ele quem indicou o próximo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que assume em janeiro.
Com seu viés mais pessimista, o economista Marcelo Portugal, que faz as projeções da Fecomércio-RS, diz que Galípolo é "chapa do Lula", o que gera desconfiança sobre sua independência, embora o Banco Central tenha autonomia para decisões técnicas e já tenha definido duas altas na Selic nas próximas reuniões.
Se houver redução artificial e forçada do juro, o cenário de confiança no Brasil se deteriora, com alta de dólar e de inflação. Como Portugal diz, haveria uma "corrosão do investimento".
Economista-chefe da entidade, Patrícia Palermo piorou sua projeção para o dólar após a alta do juro e as falas recentes de Lula. Aposta que a moeda fechará o ano mesmo ao redor de R$ 6, seguindo assim em 2025.
Assista também ao programa Pílulas de Negócios, da coluna Acerto de Contas. Episódio desta semana: parques eólicos, fábrica de biodiesel, retomada da Coca-Cola e prédios junto a casas históricas
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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