Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Indústria de alimentos conhecida pelas massas, principalmente as de pastel, a Pavioli pediu falência. A empresa estava há alguns anos em recuperação judicial e buscava a reestruturação após impactos da pandemia. Agora, porém, sua fábrica ficou alagada no bairro São Luis, em Canoas, uma das cidades mais atingidas pela enchente.
Como uma das dívidas era com o aluguel, o plano era, no início de maio, transferir a produção para Cachoeirinha. Não deu tempo. A água invadiu o local, o imóvel foi retomado na Justiça e os donos da Pavioli não têm acesso para dimensionar o prejuízo com equipamentos, conta Adriana Dusik Angelo, do escritório Crippa Rey Advogados, que assessora a indústria no processo.
O próximo passo é a Justiça aceitar o pedido para transformar a recuperação judicial em falência, com posterior leilão dos ativos. Provavelmente, a marca é o mais valioso deles. O dinheiro é usado para pagar os credores, que, no pedido de recuperação em 2022, somavam R$ 20 milhões.
É possível que a marca Pavioli e até mesmo a receita dos alimentos venham a ser vendidos para um comprador que retome a produção dos alimentos. A empresa começou como uma pequena pastelaria fundada por Adão e Irene Kulpa em 1957, em Pelotas. Em 1968, já em Porto Alegre, eles mudaram o nome da marca e passaram a se chamar Pavioli, que tem origem da união das palavras pastel e ravióli. Em 1983, foram para Canoas.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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