Uma das maiores fornecedoras mundiais de turbinas eólicas, a chinesa Goldwind volta a manifestar interesse pelo Rio Grande do Sul. A direção da empresa reuniu-se nesta segunda-feira (11) com o deputado federal Alexandre Lindenmeyer (PT-RS) para pedir apoio a medidas que deixariam o cenário viável para instalar no Estado uma fábrica de torres para aerogeradores de energia eólica.
A ideia é construí-la entre Candiota e Pinheiro Machado, com geração de 300 empregos na operação. Para sair do papel, é preciso assegurar a demanda de clientes pelos equipamentos, o que seria resolvido, diz o deputado, pela continuidade do incentivo para importação do maquinário eólico que não é produzido no Brasil e pelo avanço do chamado "sinal locacional", calculado a partir da localização das usinas e dos centros de consumo. Por ele, a distância maior percorrida no sistema de transmissão aumenta o custo, estimulando projetos próximos de onde a demanda é maior, como Sul e Sudeste, para compensar.
A vantagem do Rio Grande do Sul, disseram os chineses a Lindenmeyer, é ter uma estrutura suficiente para transportar a energia. Não apontaram como problemas o crédito mais caro para projetos gaúchos do que no Nordeste, nem a falta de marco legal para a energia eólica offshore (com aerogeradores em alto-mar).
Os executivos da Goldwind também estavam com agendas em ministérios que tratam dos assuntos. Há dois meses, a empresa anunciou a instalação de uma fábrica de aerogeradores em Camaçari, na Bahia. Será a primeira fora da China e ficará no local onde funcionava a unidade da General Eletric (GE).
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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