Fechado o ciclo mensal do IBGE, abril teve alta da indústria e queda do varejo e dos serviços no Rio Grande do Sul. Na indústria, o avanço foi de 2,2% sobre março, mas com a ponderação de que a base é baixa. As demais comparações, como o acumulado de 12 meses, ainda são negativas. Tanto que, mesmo com o avanço, o patamar de 95 pontos não volta nem ao de dezembro de 2022, quanto estava em 100 pontos. Corte na produção de derivados de petróleo e veículos impacta negativamente o indicador. A produção da indústria gaúcha está 1,9% abaixo do pré-pandemia e 14,8% abaixo do ponto mais alto da série, registrado em outubro de 2013.
Já o varejo, que vem oscilando entre altos e baixos, teve queda de 0,5% nas vendas. Ainda assim, acumula alta de 5,1% em 12 meses, apesar da visível desaceleração. Já no ampliado, que inclui material de construção, veículos e atacado de alimentos, houve crescimento de 0,5%. O comportamento tem sido bem distinto entre os segmentos, além de mudar bastante de um mês para o outro. Móveis sobem, mas caem depois. O mesmo acontece com supermercados, confecções e veículos, o que sinaliza a dificuldade de engatar a melhora.
O setor de serviços também recuou, 0,6% no mês. Ainda assim, o acumulado de 12 meses tem alta de 8,6%. Varejo também, mas principalmente os serviços ainda conseguem ter um consumo represado do auge da pandemia, mas lidam com o impacto da inflação e do juro no orçamento das famílias e das empresas.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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