Depois da alta recorde de 15,5% no ano passado, os planos de saúde individuais e familiares poderão subir 9,63% agora em 2023. É mais do que o dobro da inflação atual do país e quase o triplo do índice da região metropolitana de Porto Alegre. O aumento foi autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e veio um pouco acima do que estava sendo previsto pelas próprias operadoras. Os motivos vão da inflação dos custos de saúde à procura maior de serviços, como exames e hospitais, por parte dos usuários.
Os planos coletivos e empresariais não têm o aumento limitado pela agência reguladora, ou seja, podem definir com os clientes. Nos últimos 12 meses, os planos de saúde em geral subiram cerca de 17% para clientes aqui do Rio Grande do Sul, segundo a pesquisa do IBGE. Isso é cinco vezes a inflação.
O reajuste é aplicado na data de vencimento do contrato, podendo ser retroativo para aqueles planos que fizeram aniversário em maio. Se houver mudança de faixa etária, o aumento pode ser ainda maior. De saída, para não cortar o plano do orçamento familiar e depender do difícil Sistema Único de Saúde (SUS), o consumidor pode tentar negociar um desconto com a operadora ou buscar a proposta de um concorrente, cogitando a portabilidade, ou seja, levar seu contrato para outra empresa. O mecanismo permite a troca sem a necessidade de cumprir carência e cobertura parcial temporária para doenças ou lesões que já existem. O usuário, porém, não pode estar inadimplente.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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