O Rio Grande do Sul atingiu, em novembro, o maior número de empresas inadimplentes em 2022. Foram 356.326 com dívidas atrasadas. Os débitos superam R$ 8 bilhões, conforme o levantamento enviado à coluna pela Serasa Experian. O monitoramento mostra que o problema não é só gaúcho. Também do Sul, Santa Catarina e Paraná bateram recorde de contas a pagar vencidas. Já o maior patamar gaúcho foi atingido em março de 2020, o mês de início da pandemia.
Nacionalmente, o indicador mostrou no mês passado o pior cenário de negativação desde 2016. No ranking do país, São Paulo lidera com o maior número de inadimplentes, o que não surpreende pela quantidade de empresas existentes no Estado. É seguido por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e, então, Rio Grande do Sul.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a melhora desse quadro depende de uma reação em cadeia, a começar pela inadimplência dos próprios consumidores:
- Para que esse cenário mostre uma visão mais positiva é necessário que os consumidores consigam sair da inadimplência, aumentem seu poder de compra e comecem a honrar com seus compromissos financeiros, além de consumir mais. Esses dois fatores deverão contribuir para o fluxo de caixa dos negócios que, só então, conseguirão se organizar financeiramente.
A análise por setor revelou que mais da metade das empresas inadimplentes atua no segmento de serviços (53,5%). Em sequência, está a parcela do comércio (37,5%), indústria (7,7%), setor primário (0,8%) e outros (0,4%).
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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