Se varejo e indústria decepcionaram, o setor de serviços foi muito bem no Rio Grande do Sul em junho, com crescimento de 2,1% sobre maio. Com isso, se encontra 8,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 10,2% abaixo de abril de 2014 (ponto mais alto da série histórica do IBGE).
O acumulado no ano chegou a 15,4% frente a igual período de 2021. Transportes de cargas têm puxado bons resultados aqui e no país. Em junho de 2022, o índice de atividades turísticas no Rio Grande do Sul apontou expansão de 4,7% frente ao mês imediatamente anterior, quarto resultado positivo consecutivo, período em que acumulou um ganho de 21,2%. Com isso, o segmento de turismo gaúcho já se encontra 16,0% acima do patamar de fevereiro de 2020. Aqui, há um forte consumo represado da pandemia, além da baixa temperatura, que estimula o turismo da serra gaúcha.
"Os dois ramos com crescimento mais expressivos nesta primeira metade do ano foram justamente aqueles mais diretamente impactados pelo retorno das atividades presenciais e aumento da mobilidade: serviços prestados às famílias, que ainda registraram aceleração no 2º trim/22 (+42%) e transportes, que mantêm um dinamismo de dois desde o início de 2021. Estes são resultados necessários, pois os dois ramos mencionados incluem atividades ainda combalidas pelos efeitos da pandemia.", analisa o Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial (Iedi).
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de 3,5% para 4,3% a expectativa de crescimento do turismo, em relação ao ano passado, por conta da tendência de atendimento à demanda reprimida nos últimos anos. A perspectiva é que o turismo brasileiro restabeleça o nível de ocupação de antes da pandemia a partir do início do período de contratações para a próxima alta temporada, encerrando 2022 com 319,4 mil postos de trabalho criados.
Para o setor de serviços, a despeito da aceleração de preços, a entidade revisou de 1,9% para 2,5% a previsão de alta do volume de receitas deste ano em relação a 2021. O volume de receitas do setor de serviços cresceu 0,7%, em junho, em relação a maio de 2022, já descontados os efeitos sazonais.
É suficiente para dizer que o primeiro semestre gaúcho foi bem? Lembre-se de que tivemos a estiagem, que chegou aos indicadores gerais da economia a partir de fevereiro. Nos próximo dias, o Banco Central divulgará a atividade econômica do Rio Grande do Sul, considerada uma prévia do PIB.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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