Apesar de redução desta semana, o diesel segue em um patamar alto. E é um dos vários custos que apavoram o agronegócio. O combustível pesa já no campo, que sabe que ele influenciará o restante da cadeia econômica até chegar ao consumidor, que se assusta com os preços sem, muitas vezes, identificar de onde vem a pressão de alta. Em reunião da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, veio comentar à coluna que o preço dos alimentos não retornará aos patamares anteriores à pandemia.
- A era do alimento barato acabou - disse Santin - e é no mundo todo.
Além do diesel, ele cita insumos como conta de luz, papelão e plástico. O principal, porém, é o milho, usado para produzir alimentos e como ração para animais, refletindo no preço das carnes.
- A culpa não é da exportação. A grande parte do frango é para o mercado brasileiro. São custos intrínsecos da cadeia econômica. A exportação até ajuda a pagar a conta.
Novo mercado
Porém, há mercado novo no radar. Uma missão dos Estados Unidos esteve reunida com a indústria avícola do Rio Grande do Sul nesta semana. Segundo o presidente da Asgav, José Eduardo Santos, os norte-americanos ainda não importam carne de frango daqui, mas a visita sinaliza mudanças.
- Ainda mais em um cenário de guerra na Europa, tensão permanente com a China e casos de influenza aviária no Exterior, que não atingiram o Brasil - destaca o empresário.
Coluna: Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo de GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.