O volume de serviços recuou 1,7% em março sobre fevereiro no Rio Grande do Sul. A queda foi menos intensa do que na média nacional, que caiu 4%. Apesar dos resultados negativos, se projetava uma queda ainda maior, já que houve uma redução forte de circulação no mês com a retomada de restrições da pandemia.
- O resultado reforça a resiliência da economia durante as restrições de mobilidade de março, com uma queda na atividade muito menor do que a antecipada inicialmente. Deve levar a revisões para cima no PIB esperado para o primeiro trimestre de 2021 e também indica que, com reabertura e vacinação, devemos ter uma recuperação mais forte ao longo do segundo semestre de 2021 - comenta João Fernandes, economista da Quantitas Asset.
O setor de serviços engloba atividades muito afetadas pela situação, como hospedagem, restaurantes e transporte de passageiros. No entanto, a logística tem segurado os indicadores, com o avanço do e-commerce e os bons resultados do agronegócio.
Sobre março de 2020, quando começou a pandemia, houve avanço de 1,6% no setor gaúcho de serviços. No acumulado do primeiro trimestre do ano, há uma queda de 4,9%, que é forte, mas vem perdendo força. Ainda assim, fica bem acima do recuo nacional, de -0,8%.
O varejo gaúcho vendeu menos em março, mas com queda inferior à esperada. Já a indústria acelerou o resultado negativo, puxado, em parte, pela falta de insumos. Nos próximos dias, o Banco Central divulgará o desempenho da economia gaúcha, que tem se saído bem dentro da situação, puxado pela safra.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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