Farmácias já se tornaram, há bastante tempo, também locais para tomar vacinas. Há a expectativa para quando esses estabelecimentos vierem a ter o imunizante contra o coronavírus. A coluna perguntou os planos de três grandes redes de farmácias com sede no Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (4).
Após receber a pergunta da coluna, o presidente da rede São João, Pedro Brair, ligou para contar que está disponibilizando aos governos suas mais de 500 salas de serviços que ficam nas 770 farmácias da rede. Além disso, o empresário que comanda a gigante de varejo de medicamentos com sede em Passo Fundo informa ainda que os cerca de 2 mil profissionais da empresa também ficarão disponíveis para aplicar as vacinas nos locais quando o poder público tiver o produto disponível. Um comunicado neste sentido está sendo enviado pela São João para os governos federal, estaduais e municipais, onde a rede tem unidades.
- Depois disso, se tivermos capacidade e for permitido pelo governo, teremos a vacina para comercialização. Mas será um segundo passo. Queremos, em um primeiro momento, ajudar nesse trabalho de imunizar a população - diz ele.
Já o sócio-diretor da Maxxi Econômica, Diones Marin enviou uma mensagem à coluna falando que, quando a vacina estiver disponível para a empresa, pretende vendê-la a preço de custo, como a rede fez com o álcool gel no início da pandemia. No entanto, a rede de 130 farmácias com sede em Canoas não está negociando a compra ainda. Marin também avalia disponibilizar os pontos de atendimento da empresa para governos aplicarem vacinas.
A coluna também entrou em contato com a equipe da Panvel, que enviou uma nota como resposta informando que já está em contato com fabricantes e com entidade do setor para garantir a compra, mas ainda sem sinalizar alguma negociação concretizada. Confira a resposta:
"Desde o ano passado, a Panvel está em contato permanente com a indústria e a ABRAFARMA (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) na tentativa de garantir a compra de uma vacina com eficácia comprovada. No entanto, as negociações e a definição do fornecedor também dependem dos registros destas vacinas pelos órgãos oficiais, que inicialmente darão prioridade ao serviço público de saúde no país."
Vacinas na rede privada
Após clínicas particulares abrirem negociação com um laboratório indiano de vacinas, o Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (4) que a rede privada também deve seguir a ordem de vacinação de grupos prioritários prevista no plano nacional de imunização. Desta forma, mesmo que possam vender o produto, as clínicas deverão oferecer primeiro a idosos e profissionais.
Em nota, o ministério também afirma que a vacinação no Brasil começará pela rede pública do Sistema Único de Saúde (SUS). No cenário mais otimista, o governo federal quer começar a campanha em 20 de janeiro.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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