Apesar de a taxa Selic - referência da economia brasileira - estar sendo mantida pelo Banco Central nos últimos meses, o juro segue em queda para o consumidor. É o que mostra o monitoramento mensal da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac), que atribui o movimento a alguns fatores, mas a coluna destaca a renegociação de dívidas para redução de taxas provocada pelo próprio consumidor.
Ainda assim, o juro é alto. E as maiores taxas seguem com o cartão de crédito e o cheque especial. No caso do cartão, o juro é cobrado quando a pessoa não paga a fatura e cai no chamado rotativo. Já o cheque especial é aquele limite que o banco oferece, e no qual o consumidor entra quando gasta todo o dinheiro da conta corrente. Não deixam de ser empréstimos, mas são pré-aprovados e bastante caros, já que cobram um juro bem alto.
Mas os leitores perguntam: qual dos dois tem o menor juro? Pela média de mercado - que, dificilmente, muda muito mesmo com um bom relacionamento do cliente com o banco -, o rotativo do cartão de crédito tem uma taxa muito maior do que o cheque especial. Segundo a pesquisa da Anefac, em média, o juro do cartão é o dobro do cheque especial. Veja:
Cartão de crédito:
Ao mês: 10,97%
Ao ano: 248,71%
Cheque especial:
Ao mês: 6,96%
Ao ano: 124,21%
Era o contrário até o ano passado, mas no início de 2020, entrou em vigor a limitação do juro do cheque especial. O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu um teto de 8% para as taxas. Então, o cartão de crédito voltou a ser mais caro. Há um projeto de lei tramitando no Congresso que limita o juro dos dois.
Na prática, significa que ter uma dívida no cheque especial é "menos pior" do que ter no cartão de crédito. Mas lembre-se de que há outras linhas de crédito no mercado que podem ser buscadas para quitar essas dívidas caras. O empréstimo pessoal direto com bancos, por exemplo, tem juro anual médio de 44,25%.
De qualquer forma, a coluna sempre alerta que pagar juro é jogar dinheiro pela janela. Guardar dinheiro e pagar quando tiver capacidade de compra é o mais adequado. Antecipar o consumo é algo que custa para o seu bolso, sempre.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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