
Quadro Fique de Olho, no programa Acerto de Contas. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha.
Após pegar gosto pela produção de cerveja "na panela”, Silmara Andreatti, Rafael Macedo, Tiago Ritter e Luiz Gustavo Ritter viraram sócios e criaram em 2013 a Stier Bier. No início, a microcervejaria estava instalada em Parobé, no Vale do Paranhana. Decolou após se mudar para Igrejinha, em 2017. Do ano passado para cá, a marca aumentou o faturamento em 120% e projeta expandir a atuação pelo país ainda em 2019.
Atualmente, produz sete tipos permanentes de cerveja e outros seis que são sazonais. A fábrica tem capacidade para 40 mil litros por mês e emprega onze funcionários. A novidade é que a Stier Bier está abrindo mercado em Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
— É um projeto muito complexo, porque cada local tem uma legislação e uma tributação específica. Mas já estamos com dois representantes em São Paulo e abrindo pontos de venda em Santa Catarina e Paraná - contam Silmara e Luiz Gustavo.
O próximo passo é o envasamento da cerveja em latas, que está previsto ainda para julho.
— A lata é muito cultural no Brasil. Muitos estão acostumados a beber cerveja em lata e não em garrafa — observa Silmara.
Instalada às margens da RS-115, a Stier Bier quer virar atração turística. Por isso, junto à fábrica, foi criado um pub. Além de comida, os fãs da cerveja podem recarregar os "growlers", que são garrafas grandes de vidro vendidas na loja. A ideia é reutilizar o recipiente e estimular a consciência ambiental.
— É muito legal. O pessoal chega aqui, aproveita o local e, por fim, leva a sua cerveja para casa. Quem não tem o growler pega a opção em plástico. Mas o ideal mesmo é o vidro - diz Luiz Gustavo.
A Associação dos Cervejeiros Artesanais de Igrejinha (Acervai) quer desmistificar que o município tem apenas a matriz coureiro-calçadista. Até agora, a entidade já impulsionou duas cervejarias com o registro no Ministério da Agricultura e ainda conta com mais duas em processo de registro.
— Quando a gente começou a empresa, um cervejeiro muito experiente me disse que tomar é bem mais fácil do que vender. Mas como a gente já tinha outras empresas, já havia uma experiência administrativa. O que a gente mais nota é que as pessoas confundem paixão com negócio. Paixão é aquela coisa de fazer cerveja na cozinha da tua casa, na garagem com os amigos. Negócio é bem diferente, exige responsabilidade e estratégia - aconselha Luiz Gustavo.
Saiba mais no programa Acerto de Contas. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha. Ouça aqui: