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Foi suspenso o leilão do estádio do Cerâmica Atlético Clube, em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O bem tinha sido penhorado em processos trabalhistas e seria colocado à venda em disputa marcada para o dia 12 de junho. Não há nova data prevista.
A suspensão ocorreu após contestação na Justiça da Prefeitura de Gravataí. O argumento é de que o terreno que abriga a sede do Cerâmica Atlético Clube é de propriedade do Município, para uso exclusivo da entidade esportiva. Não sendo usada pelo clube, a área deveria retornar ao proprietário, não podendo ir a leilão e nem ser vendida.
"A Prefeitura, através da Procuradoria Geral do Município (PGM), tem atuado nos processos judiciais decorrentes de dívidas do Cerâmica Atlético Clube no sentido justamente de evitar os leilões e, por consequência, o prejuízo à coletividade. O Judiciário tem reconhecido que a área é de propriedade do Município e desfeito as penhoras ou leilões. Por ser de propriedade do poder público, é um bem impenhorável", diz trecho de nota da prefeitura.
Chamado de estádio Antônio Vieira Ramos e conhecido como Vieirão, o imóvel do clube de futebol é avaliado em R$ 20 milhões. O lance mínimo era de R$ 10 milhões no leilão, que seria realizado pela Raupp Leilões.
O Cerâmica Atlético Clube foi fundado em 1950. Profissionalizou-se apenas em 2007. Participou da Copa do Brasil em 2010, foi vice-campeão da Série B do Gauchão em 2011 (equivalente à Divisão de Acesso) e subiu ao Gauchão. Figurou na elite do futebol gaúcho em 2012 e 2013, quando foi rebaixado para a Divisão de Acesso. No fim de 2014, decidiu fechar as portas para o futebol profissional.