Como a coluna Acerto de Contas avisou nessa quinta-feira (15), setembro não foi bom. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central apontou recuo 0,09% sobre agosto com ajuste sazonal. Os dados do IBGE já tinham apontado o desempenho negativo da indústria, varejo e setor de serviços. O dados são usados para calcular o IBC-Br, chamado de prévia do PIB.
O patamar ficou em 139,03 pontos. Apesar do recuo, é o segundo maior do ano, atrás apenas dos 139,15 pontos de agosto. Em relação a setembro do ano passado, a economia cresceu 0,72% e, no acumulado de 12 meses, o avanço foi de 1,45%.
Economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank enviou um cálculo interessante para a coluna:
- Se a economia se mantiver com o mesmo nível de setembro nos próximos meses, teremos um avanço de 1,14% no IBC-Br em 2018 contra 2017. É a mesma expansão verificada no acumulado do ano entre janeiro e setembro.
Mas será que não melhora? Setembro ainda foi antes das eleições e estava contaminado por incertezas. A tendência é de melhorar um pouco, mas não muito, diz Frank.
- Se a gente crescer 0,2% ao mês até o fim do ano, o IBC-Br fecha 2018 com alta de 1,24%. Se a taxa for de 0,5% ao mês, o avanço é de 1,39%. Não creio que fuja muito disso - completa o economista da CDL.
Apesar de ser considerado uma prévia, o IBC-Br tem uma metodologia diferente do cálculo do PIB. O indicador oficial é divulgado trimestralmente pelo IBGE. Aliás, o IBC-Br fechou o trimestre com alta de 1,74%.