
Cada vez menos os consumidores poderão pedir "300 gramas de presunto e 400 gramas de queijo" nos supermercados gaúchos. Os estabelecimentos estão deixando de vender frios fatiados no local. O cliente terá de se contentar com a quantidade que vem na embalagem fechada já.
O motivo é um decreto publicado em 2017 e que entrou em vigor em 2018, aumentando as exigências sanitárias para a comercialização dos produtos. Entre elas, climatização específica de locais e fatiamento na frente do cliente para determinada categoria de alvará.
Logo depois, supermercados começaram até a vender as máquinas que usavam para fatiar os frios. Ao mesmo tempo, aumentou a compra de carnes e queijos que já vêm fatiados e embalados da indústria. Presidente da Associação Gaúcha de Supermercados, Antônio Cesa Longo estima em 30% esta elevação. Só que costumam ser mais caros para o consumidor.
- A tendência é que suma da prateleira o produto que é fatiado no supermercado, dando lugar ao embalado fechado no balcão. O sonho do supermercadista é apenas comprar e vender, cumprindo o seu papel varejista. Em alguns produtos, sobretudo em carnes, o consumidor ainda prefere solicitar no balcão o seu corte - projeta Longo.
A mudança provocou até a criação de categoria no Carrinho Agas de 2018. Foi chamada de "Melhor fornecedor de frios embalados e fatiados" e a vencedora foi a BRF.