
Como esperado, a inflação oficial do país acelerou em maio. O IPCA foi de 0,40% contra 0,22% de abril.
A pressão em destaque, é claro, foi o aumento no preço da gasolina. A elevação média no país foi de 3,34%. É o item que mais pesa individualmente no cálculo da inflação para o consumidor. O óleo diesel também influenciou o avanço, com alta de 6,16% em média. Lembrando que não conta o impacto em cascata e que segue ocorrendo nos próximos meses.
Também no grupo de despesas com transporte está o principal impacto de queda. As passagens aéreas tiveram redução de 14,71%.
Houve ainda a alta da energia elétrica, +3,53%. Entrou em vigor a bandeira amarela, que coloca cobrança extra na conta de luz, além de reajustes em sete capitais. Os aumentos da tarifa têm ficado em dois dígitos desde o ano passado.
Ainda assim, o acumulado de 12 meses do IPCA ficou em 2,86%. É abaixo do piso da meta do Governo Federal para o ano.
Este índice de inflação é elemento importante para a decisão sobre a taxa de juros Selic. Tem reunião no final de junho e o mercado aposta em elevação. O Comitê de Política Monetária começou a cortar o juro em outubro de 2016 e parou na reunião do ínicio de maio, quando surpreendeu o mercado mantendo a Selic em 6,5% ao ano.