A Artecola passa por um processo forte de redimensionamento, reduzindo custos e estrutura. Prestes a completar 70 anos, a empresa com sede em Campo Bom está revendo a estratégia e voltando à origem, que são os produtos químicos.
Demitiu recentemente 80 pessoas e ficou com 246 funcionários. O presidente da Artecola, Eduardo Kunst, afirma que o movimento de dispensas está encerrado.
Em dezembro, a empresa contratou a consultoria Iwer para fazer um diagnóstico e trabalhar na reestruturação. Um primeiro balanço será apresentado na semana que vem.
— Estamos sendo transparentes com clientes e fornecedores. Houve uma descapitalização da Artecola e estamos negociando passivos. Queremos também aproveitar que nossos clientes estão dando sinais de retomada. O segmento automotivo já cresceu no ano passado e as fábricas de móveis estão com boas perspectivas pra 2018 — detalhou o executivo para a coluna.
Quando fala em descapitalização, o empresário refere-se à MVC, empresa na qual a Artecola era sócia da Marcopolo, de Caxias do Sul. Enfrentou problemas no cumprimento de contratos públicos para construção de 208 creches. Paralisou obras e argumentou falta de pagamento por parte dos governos.
Kunst finalizando negando que a empresa esteja pedindo recuperação judicial agora.
— Não gostamos desse caminho. Nosso foco agora está na nossa origem, na parte química.
Em março do ano passado, a empresa anunciou o encerramento das atividades da Arteflex. Produzia calçados e fazia parte do grupo Artecola. Fechou uma fábrica em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, e outra em Itanhandu, Minas Gerais.