Quase 20 instituições reuniram-se nesta manhã na Secretaria Estadual de Minas e Energia para discutir a trasnferência da Eletrosul para a chinesa Shangai Eletric do projeto bilionário para transmissão de energia no Rio Grande do Sul. Enquanto isso, representantes das duas empresas participam de encontro na Agência Nacional de Energia Elétrica, em Brasília, para falar sobre as questões do negócio que a Aneel apontou como ainda problemáticas. O principal ponto é a entrada da Eletrosul na chamada Sociedade de Propósito Específico (SPE). A Shangai quer, mas a Aneel não concorda porque a empresa já foi a responsável pelo atraso no cronograma do projeto.
Secretário de Energia, Artur Lemos diz ainda que tentam uma agenda para a próxima segunda-feira com o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino. O objetivo é acertar todas as pontas do negócio antes de o assunto entrar na pauta da reunião de diretoria da agência reguladora.
— Queremos que a questão esteja resolvida até início de novembro. Vamos falar que é possível que a Eletrosul participe da SPE e ainda assim responda pelo que ocorreu. Ministério Público Estadual também participou da reunião na secretaria e já está atuando no licenciamento ambiental — projeta o secretário.
Falta a assinatura do acordo vinculamente. Em junho, foi fechado um acordo preliminar do negócio.
O empreendimento foi assumido pela Eletrosul após leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2014. Foi orçado inicialmente em R$ 3,27 bilhões. Engloba a construção de 1,9 mil quilômetros de linhas de transmissão e de sete novas subestações, além da ampliação de 16 subestações existentes.
No entanto, as obras estavam atrasadas. Em 2015, foi lançada uma chamada pública pela Eletrosul para a seleção de empresas interessadas em estabelecer uma parceria para a implementação dos empreendimentos.