
A venda de Tetê para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, rendeu um bom dinheiro ao Grêmio, e também para o jogador, com uma oferta milionária. Mas a saída não foi tão tranquila assim. Na entrevista coletiva após a vitória contra o Veranópolis, o técnico Renato Portaluppi falou sobre a situação:
— Jogador da base só vai jogar no profissional quando ele tiver condições de jogar no profissional do Grêmio, não adianta empresário vir aqui tumultuar O jogador vai estar no profissional do Grêmio quando eu observar que ele está dando conta nos jogos lá de baixo.
A resposta é um recado direto para Pablo Bueno, empresário de Tetê. O que se diz nos bastidores da Arena é que ele estava pressionando a direção pelo aproveitamento do atacante no grupo principal após a volta do atleta do Chile, quando disputou o Sul-Americano sub-20 pela seleção brasileira.
Bueno começou a dar suporte a Tetê logo que o garoto começou a atuar nas categorias de base do Grêmio, aos oito anos. Como os pais dos dois são muito amigos, o empresário é uma espécie de irmão mais velho do atleta. A ideia sempre foi manter o foco do atacante nos treinamentos, com Bueno cuidando de todos os detalhes extracampo.
O empresário, por exemplo, cuidou de todos os detalhes da mudança dos pais de Tetê de Alvorada para uma confortável casa na zona sul de Porto Alegre.
Como amigo, protetor e empresário, é natural que Pablo Bueno tenha a preocupação de ver Tetê em campo o mais rápido possível. Mas claro que isso depende também dos interesses do Grêmio. Justamente por isso a relação ficou um pouco arranhada na saída – nada que não possa ser resolvido no futuro. Até porque o jogador falou sobre o sonho de voltar ao clube.