Todo golpe militar é, por definição, um evento trágico. Abundam golpes nesse mundo turbulento e todos, é claro, foram fatídicos. Óbvio que alguns – como o funesto golpe dado pelo ditador Hadji Suharto, na Indonésia, em 1967, que durou 30 anos e custou a vida de meio milhão de pessoas, ou o golpe de Pinochet, no Chile, em 1973, que até hoje gente ignóbil ainda “apoia” – foram mais trágicos do que outros. Vários deles, como os dois mencionados acima, originaram obras-primas do cinema. É o caso, por exemplo, de Z, de Costa Gavras (sobre o “golpe dos coronéis” na Grécia, em 1967; sendo que Gavras dirigiu ainda Desaparecido, sobre o golpe no Chile), ou do recente Argentina, 1985, sobre o julgamento dos ditadores Videla e Massera, condenados à prisão perpétua por seu terrorismo de Estado.
Pêndulo da História
Opinião
O golpe que saiu pela culatra
Abundam golpes nesse mundo turbulento e todos, é claro, foram fatídicos