Algum dia vão nos contar como eram árduas e épicas as marchas dos pioneiros desde Laguna até Colônia da Sacramento, a pé pelo litoral inóspito. Algum dia vão nos contar como o madeirense Jerónimo de Ornelas foi um deles e de que forma, na altura da foz do rio Tramandaí, ele enveredou para oeste, rumo às coxilhas da várzea do Gravataí e chegou até as fraldas do morro que batizou de Santana, instalando-se em 1732 onde hoje fica o campus da UFRGS. Algum dia nos contarão que a Coroa portuguesa demorou anos até reconhecer-lhe a posse e lhe conceder uma sesmaria de 14 mil hectares desde margem esquerda do Rio dos Gravatás até à margem direita do Rio dos Jacarés, hoje o viscoso e poluído arroio Dilúvio.
O início de uma história
Opinião
Quando, afinal, conheceremos as origens de Porto Alegre?
Espero que não se passem mais 250 anos até sabermos como a Capital de fato nasceu
Eduardo Bueno