Nos primeiros dias de janeiro de 1980, para celebrar a década que raiava, resolvi escalar, junto com minha namorada, a imponente e mística Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, onde eu morava. Chegamos ao topo dos 844 metros de um dos maiores monólitos graníticos do planeta bem a tempo de vislumbrar as cores impetuosas de um pôr do sol que se derramava por sobre toda a soberba paisagem que se descortina lá de cima. Cores dramáticas, mas, ainda assim, menos hipnóticas que os tons aquarelados da aurora que vimos resplandecer tão logo o sol despontou do mar, iluminando a pequena gruta onde passamos a noite, como na primeira manhã do mundo.
Rio de Janeiro
A Barra da Tijuca é a vitória do urbanismo imbecilizante
O bairro foi o limite da urbanidade da mais famosa cidade do Brasil
Eduardo Bueno