O Gre-Nal 413 foi tão pegado que as broncas começaram antes mesmo de rolar a bola. Na hora do cara ou coroa, os capitães das equipes bateram boca. D'Alessandro e Maicon chegaram a ser contidos e Jean Pierre Lima já precisou dar advertência verbal aos dois.
Foi um clássico que entrou para a história por ser o primeiro a contar com o uso do árbitro de vídeo. No entanto, o recurso eletrônico não precisou ser utilizado. Muito em função dos fatos do jogo, mas principalmente porque a atuação da arbitragem esteve perto da perfeição.
O protagonismo do apito esteve dentro de campo, primeiro com Jean Pierre. Ele fez excelente trabalho até os 18 minutos do segundo tempo. Teve presença forte na condução disciplinar, fez ótimo trabalho preventivo e acertou com precisão no principal lance da partida.
O pênalti para o Grêmio foi bem marcado. Cuesta deu um carrinho, chegou atrasado e pegou só as pernas de Éverton. O juiz acertou também ao não mostrar o amarelo, pois a infração ocorreu em disputa de bola. A regra diz que o cartão não deve ser aplicado neste caso.
A lesão do árbitro principal do Gre-Nal foi o fato inusitado, mas não totalmente surpreendente. Na última sexta-feira, houve um teste físico para os árbitros do Rio Grande do Sul. É um absurdo que o juiz do jogo de maior pressão do Brasil precise fazer uma prova de alta exigência praticamente 48 horas antes. Não só pelo desgaste físico, mas também psicológico. Foi o que aconteceu e quase comprometeu a sequência do clássico.
A boa notícia foi que o estreante Jonathan Pinheiro entrou bem. Embora o rojão tenha estourado nas mãos dele, a condução da parte final não teve qualquer problema grave. Por vários momentos os jogadores tentaram desafiar o jovem árbitro, mas ele conseguiu contornar a pressão.
A vitória do Grêmio por 2 a 1 sobre o Inter foi decidida na bola. Apesar das novidades e do imprevisto, a arbitragem legitimou o resultado.