
Com jogo marcado para o dia 29 de maio, contra o The Strongest, pela Libertadores, na Arena, o Grêmio corre para arrumar lugar para treinar. E jogar. Não há previsão de quando será possível entrar na Arena, a não ser de barco. No dia 1º de junho, tem o Botafogo, pelo Brasileirão, também em Porto Alegre. Sendo assim, resta ao Grêmio sair do RS e se mudar para Santa Catarina, Rio ou São Paulo. O último treino gremista foi no dia 2 de maio.
O Inter tem jogo marcado para o dia 28 de maio, contra o Belgrano, no Beira-Rio. Não se sabe quanto tempo vai demorar para a água baixar. Muito menos quando o gramado estará apto para futebol. Planeja se reapresentar no dia 13, já na próxima segunda-feira, no Complexo da PUC, mas nem isso tem mais certeza.
Thiago Maia está na água resgatando pessoas. Funcionários seguem procurando parentes desaparecidos ou desabrigados. No Grêmio, o cenário não é diferente. O Juventude foi quem mais conseguiu treinar neste período, já que Caxias foi menos afetada por inundações, mas reduziu o ritmo pelos mesmos motivos.
Durante a convocação da Seleção para a Copa América, o presidente Ednaldo Rodrigues abriu uma bandeira do RS atrás dele. Fez minuto de silêncio. Não fechou a porta para suspensão do futebol até os gaúchos conseguirem um mínimo de condições, emocionais e estruturais, de trabalho. Mas também não abriu. Só empurrou com a barriga. Não tomou decisão alguma. E nem vai. Conversa para boi dormir.
Pelo andar dessa carroça ética que é o futebol brasileiro, Grêmio, Inter e Juventude terão de jogar do jeito que dá, acumulando partidas, destreinados, sujeito a mais lesões enquanto os adversários seguem como se nada tivesse acontecido desportivamente.
Danem-se os outros, mesmo numa catástrofe, desde que eu esteja bem. É um pouco a cara do Brasil. Triste, mas é isso.