Talvez o torcedor do Grêmio vá defender minha internação, mas coloco o resultado desta quarta (25) contra o Flamengo em um degrau abaixo de outro aspecto. Depois de 14 rodadas e 35% de aproveitamento desde a eliminação para este mesmo Flamengo na Copa do Brasil — um expressivo declínio —, o mais importante é o Tricolor de Renato provar que está vivo.
Que ainda é possível projetar vaga de Libertadores de verdade, não apenas na matemática. Que tudo não passa de gorda oscilação. Ganhar é sempre ótimo, mas de que adiantaria vencer no acaso, com um gol achado, para logo depois voltar ao mesmo roteiro decrescente?
Não haverá Suárez, eu sei. Ele é meio time, com 21 gols e 13 assistências em 45 jogos. Números absurdos. Mas pode ser a hora de os outros, sabendo que ele estará ali para salvar, emprestarem uma gota de suor a mais. Hora de não transferir decisões como sempre fazem.
Quem sabe o medo de ser envolvido pelo Flamengo de Tite ligue o Grêmio na tomada, redescobrindo-se no campeonato. Penso que, se o Grêmio empatar jogando, marcando, pegando, duelando, afoga a crise. Não precisa necessariamente ganhar.
Mas tem de fazê-lo. Mais do que ganhar, o Grêmio tem dar sinais de que está vivo para a reta final, e não se decompondo.