Tudo bem que era o Glória. Tudo bem que ele não foi exigido defensivamente. Tudo bem que Roger não vai promover um jogador na sua hierarquia de zagueiros por um bom desempenho nos Altos da Glória. Tudo bem que aí entra também a gestão de grupo com os cascudos. Mas, a se manter o 3-5-2, vale olhar para o paulista Natã, de 20 anos, no lugar de Bruno Alves.
Ele possui técnica. Não é alto para a função (1m80cm), mas não lhe falta impulsão. Passarela, Gamarra, Mauro Galvão e outros grandes zagueiros não eram grandões. Altura ajuda, claro, mas não é o único fator determinante no cabeceio.
Tempo de bola e posicionamento são tão ou mais importantes. No Aimoré, para onde foi pegar rodagem no Gauchão, era capitão mesmo guri. Pelo lado do trio de zagueiros, sabe construir. Sai jogando com naturalidade.
Pode se encaixar melhor do que Bruno Alves neste redesenho treinado por Roger. Contra o Glória, jogou centralizado, deixando Rodrigues na direita.
Roger apostou em Bitello, contra todos os prognósticos, sem dar-lhe muito tempo de observação. Acertou. Natã poderia ser o Bitello da zaga.