Se Douglas Costa topou reduzir salário pela metade, descendo a R$ 1 milhão, excluindo prêmios, é uma grande tacada. O que não podia, sob qualquer ângulo de análise, era o dobro disso. Assim, para um clube superavitário há cinco anos e que pode aliviar a folha ao se desfazer de Victor Ferraz e Everton Cardoso, por exemplo, tudo certo. Só nesses dois, já se busca algo perto do R$ 1 milhão.
“Ah, mas Douglas Costa se lesiona muito, e o calendário é pesado. Não poderá jogar todas”. Bem, na Europa não tem calendário estafante e ele também vive no departamento médico. O único risco é esse: o perigoso histórico de lesões, aos 30 anos. Ainda assim, vale a pena.
Se Douglas Costa disputar pouco mais da metade das 38 rodadas do Brasileirão jogando, sei lá, 70% do seu melhor nível, pode colocar o Grêmio na briga por título. Seria o diferencial, claro. Trata-se de um jogador capaz de mudar um time de patamar.
Seu mundo é Bayern de Munique, Juventus. Só não foi titular de Tite na Rússia, em 2018, por lesão — antes e durante a Copa. Ele arrasou na vitória sobre a Costa Rica, entrando no segundo tempo, quando o empate parecia inevitável, e só não prosseguiu como titular, no lugar de Willian, pelo milésimo problema muscular.
Douglas na direita, Ferreira na esquerda, Diego Souza de centroavante. Na teoria, um ataque e tanto. Vem aí a maior contratação da Era Romildo Bolzan.