Como pude dizer antes do jogo, na transmissão da RBS TV, posso repetir agora sem acusação de analisar em cima do resultado. Estranhei o Grêmio, contra os reservas do Ceará, escalado como dois volantes iguais, só de marcação, Thiago Santos e Lucas Silva.
Isso com Darlan, Maicon e Jean Pyerre no banco. O meio-campo travou. A saída de bola foi ruim ao mínimo gesto de pressão do Ceará. Não fosse dois milagres de Brenno, o Grêmio iria para o intervalo levando 4 a 1, e não 2 a 1. Com Jean Pyerre no lugar de Lucas Silva, logo empatou, criando mais e sendo superior. Guto Ferreira até chamou alguns titulares para lhe ajudar.
O goleiro Vinicius teve de salvar o Ceará na segunda etapa. O segundo tempo ficou mais aberto. Brenno resolveu pedir impedimento no lance derradeiro, perdendo tempo olhando para o árbitro entre o primeiro chute na trave e o do gol nos acréscimos, o do 3 a 2. Tem crédito.
O time do primeiro tempo, com dois volantes iguais e sobrepostos, levou 2 a 1. O outro, com um apenas, buscou o empate, quase virou e só tomou gol em um lance meio espírita.
Jean Pyerre marca pouco? Darlan, então, mas sem Lucas Silva. Foi neste saldo de uma escalação desequilibrada que o Grêmio perdeu pontos para os reservas do Ceará.
Na noite de quinta-feira, já circulava a informação de quatro positivos para covid-19, mas o Grêmio só confirmou oficialmente depois. Ferreira, Diego Souza, Rafinha, Luiz Fernando e Mauri, preparador de goleiros. Um surto iminente, claro.
Se cinco testaram positivo, mais gente era questão de tempo, ainda mais após a festa aglomerada do Gauchão. Com Tiago Nunes, Rodrigues e Pedro Lucas, já são oito. Pode aumentar.
Quase um time inteiro. A pandemia não acabou. Os cuidados têm de seguir por parte dos jogadores no clube e, sobretudo, fora dele. Que se recuperem, sem sintomas.
O surto nada teve a ver com a derrota. Léo Chú, Vanderson e Ricardinho foram destaques. Duro foi Lucas Silva e Thiago Santos juntos.