O decreto cravando o jogo da volta para a Arena é um recado claro da Conmebol. Ela não quer abrir precedente. Então, se o Equador não aceitou o Grêmio em seu país, mas o Brasil aceita o Del Valle, azar do Del Valle. Que reclame para o presidente do Equador sobre a a necessidade de, ao desembarcar em Quito após jogar em Porto Alegre, ter de ficar 10 dias confinado em um hotel definido pelo Ministério da Saúde.
A Conmebol teme o novo caos extensivo ao calendário (o primeiro foi no ano passado) se as fronteiras se fecharem para os brasileiro. Ninguém os quer os fora, especialmente os patrocinadores. O problema é equalizar isso com os riscos da nova cepa do vírus, de Manaus, que está assustando jogadores por contaminar muitos jovens e ser mais letal.
Com a vacinação devagar quase parando no Brasil, não duvido em muitos adiamentos e até suspensão por algumas semanas. Bem, o fato é que hoje tem jogo.
Para o Grêmio, de sobrevivência. Tudo bem que o Del Valle perderá a altitude, jogando no Paraguai, mas o Grêmio perdeu cinco peças na delegação para a covid-19, inclusive Renato. E quase não treinou desde o Gre-Nal, trancado em hotel e avião. Um empate já está ótimo, apesar da ampla superioridade em tudo na comparação com o Del Valle.