A primeira entrevista de Renato na volta das férias, garantindo que matará no peito qualquer nesga de crise no vestiário, encerra a questão das demissões no Grêmio.
As dispensas na comissão técnica (preparador físico e de goleiros) e setores de apoio (fisioterapia, nutrição e comunicação) foram obra exclusiva da direção, sem a sua anuência e aprovação. Falou em tristeza pelos demitidos, de sua parte e do grupo, o que explica a reação de Kannemann contra os atos da direção. Renato reconheceu que o zagueiro passou do tom. Concordo. Nada grave, mas se pegar a moda de jogador criticar publicamente atos presidenciais, vai virar bagunça.
— Já avisei aos jogadores. Somos empregados: é de cima para baixo — disse Renato.
LUZ ALTA PARA JEAN PYERRE – Com a vassourada, o presidente Romildo Bolzan deixou claro quem manda. Mas, ao cobrar diretamente Jean Pyerre, acusando-o de "ter culpa no cartório" pelo agravamento da lesão muscular que sofreu em setembro do ano passado (houve um duelo de notas oficiais, do estafe do jogador e do Grêmio), em razão de peladas nas férias, o técnico gremista também sinalizou que, com ou sem hierarquia, as decisões internas do vestiário são dele e ninguém mais.
Não acredito em crise.
Renato e Romildo colocam o Grêmio acima de divergências. Tem ótima relação e são amigos. Mais provável que, com o tempo, aparem eventuais arestas abertas.
Uma entrevista que dominará o noticiário por alguns dias ainda.