A agressividade da Conmebol na questão dos prêmios da Libertadores faz parte de uma estratégia de mercado. Estava difícil explicar como a Copa do Brasil, o segundo torneio em importância de uma afiliada sua, a CBF, pagava tão acima.
Segue assim, aliás: o Athletico-PR embolsou R$ 52 milhões, mas a diferença já não é gritante. É possível que, no ano que vem, os valores sejam reajustados, aí sim ficando adiante da Copa do Brasil, nem que seja um dólar ou real a mais.
A Conmebol dobrou o prêmio em dinheiro aos finalistas da Libertadores em relação ao ano passado. O vice ficará com 6 milhões de dólares, cerca de R$ 25 milhões. Já campeão será dono de 12 milhões de dólares (R$ 50 milhões).
Que tal planejar 2020 com essa grana toda disponível, capaz de financiar uma grande contratação? Garantir vaga na final em jogo único, na cidade de Santiago do Chile, definitivamente é bom negócio.
Mas, nesse processo de fortalecer a Libertadores, a Conmebol cogita cartada péssima para Brasil e Argentina. A ideia é trazer de volta os clubes do México, país com PIB maior do que todos os países das América do Sul, à exceção do brasileiro.
O projeto é trazer dinheiro pesado para dentro do campeonato, abrindo espaço para novos patrocinadores. Isso implicaria em tirar vagas de Brasil (de sete para seis) e Argentina (de seis para cinco). Dos outros países não há mais como reduzir vagas. Aguardemos os próximos capítulos.