Falo agora porque disse antes. Nunca vi técnico que publicamente condena jogadores se sustentar muito tempo no cargo. Pode até ter razão no mérito, mas não dá certo. Não no futebol brasileiro.
O vestiário da Toca da Raposa marcou Rogério Ceni na paleta depois que ele chutou o balde ao levar aquele 4 a 1 do Grêmio, em Belo Horizonte.
Peitou os cancheiros Thiago Neves, Edilson, Fred. O goleiro Fábio, um dos maiores ídolos da história do Cruzeiro, é desafeto seu desde quando jogavam.
Foi um suicídio de Rogério Ceni aquela entrevista. Caiu após oito partidas, depois de discutir com Dedé no vestiário, após o empate com o Ceará.
O Cruzeiro cumpre o roteiro clássico de rebaixamento: gestão duvidosa, dívidas, troca de treinadores, torcida revoltada vaiando e jogadores descontentes com salários atrasados. Parece o Inter de 2016.
Rogério Ceni deve ter se arrependido amargamente de ter trocado a segurança do Fortaleza, onde fez belo trabalho, pela canoa furada do Cruzeiro.