Poucas dirigentes se confundem tanto com uma instituição quanto Koff e Grêmio. Pense outros exemplos, no mundo. Franz Beckenbauer no Bayern, de Munique, jogador e dirigente? Santiago Bernabeu, no Real Madrid? Enfim. Há exemplos, claro, mas nem tantos assim neste patamar tão elevado.
Não haveria o que hoje se entende por Grêmio sem Koff.
Em todos os grandes títulos que transformaram o clube para sempre, ele atuou decisivamente. Não apenas no Mundial e em duas das três Libertadores, além do Brasileirão de 1996, Recopa e Copas do Brasil.
É mais do que isso.
Quem era o presidente na Copa de Brasil de 1997? Cacallo, indicado por ele. Quem é o presidente de agora, seu grande herdeiro no estilo de comando firme, com diálogo e engenhosidade política, a visão lá adiante? Romildo Bolzan se elege com a bênção de Koff.
Ele está presente em todos os principais títulos da história de Grêmio. A própria história do futebol brasileiro tem a sua marca. Fundador e presidente do Clube dos 13 por mais de uma década, nunca houve e duvido que se repita uma experiência capaz de reunir as grandes expressões populares do nosso futebol em torno de uma pauta comum. No reino de intolerância que sempre pautou as relações clubísticas, sua obra no Clube dos 13 beira o milagre.
Uma parte do Grêmio se vai com Fábio Koff, mas o legado que ele deixa para o seu clube é imortal.
Toda vez que o Grêmio estiver na pior, aparentemente sem saída, basta olhar para trás e pensar. Como Koff agiria? Que decisões Koff tomaria? Pode apostar que um clarão de luz se abrirá. Eis a palavra que resumirá Koff para sempre: Grêmio.