O Atlético-MG também era reserva, mas tinha alguns jogadores experientes e que vêm atuando com frequência, como Robinho, Fred, Marcos Rocha, Bremer e Clayton, este último autor do único gol da partida, ainda na primeira etapa.
No Inter, Guto Ferreira optou por rodar os jogadores do elenco, deixando alguns titulares no banco. Outros, como D'Alessandro, Cuesta e Pottker assistiram ao jogo dos camarotes. A equipe montada foi bem descaracterizada.
Alex Santana foi um dos eleitos para a linha de quatro atrás de outra experiência: Joanderson. Os laterais foram Junio e Iago, por exemplo.
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No primeiro tempo, o Galo dominou a partir de 20 minutos. No momento em que Robinho saiu da faixa central e caiu pela esquerda, na faixa em que Junio, Danilo Silva e Alex Santana se atrapalhava para marcar, os espaços apareceram. Em um giro da esquerda até a direita, Clayton bateu de fora da área e fez 1 a 0.
NICO, O MELHOR DO INTER – No segundo tempo, a partir do ingresso de Edenilson no lugar de Alex Santana, e depois Sasha e Roberson, nas vagas de Carlos e Joanderson, o Inter ganhou mais volume e só não empatou graças ao goleiro Giovanni. Ele operou pelo menos cinco defesas milagrosas, garantindo a vitória do Galo, sem contar a sorte de duas bolas na trave.
Das observações coloradas, Charles foi muito bem. Desarmou e, na primeira etapa, soma duas das três finalizações certas do Inter. Alex Santana me pareceu burocrático, sem passar da linha de bola e com pouca força de marcação, apesar da qualidade no passe.
Joanderson mal tocou na bola. Sumido na primeira etapa, o lateral-esquerdo Iago deu boa resposta na volta do intervalo. Mostrou que pode ser, na Série B, alternativa a Uendel. O lateral-direito Junio novamente exibiu limitações.
Não creio que tenha sido errado escalar reservas. O que vale neste 2017 colorado é a Série B. O resultado deste torneio fantasma que é a Primeira Liga não tem importância alguma. Assim, Guto acertou em rodar jogadores. E se precisar deles na Série B? Com usá-los sem "jogo no corpo", como se diz?
Tanto era preciso ritmo que Camilo e Charles sentiram cãibras quando faltavam 15 minutos para o encerramento. A boa notícia ficou por conta de Nico López. Ele desarmou, deu assistências e finalizou, atuando pelo lado. Só não o escolhi o melhor em campo na jornada da Gaúcha porque o goleiro Giovanni virou santo. Se Carlos tivesse chutado nas duas vezes em que Nico o deixou na cara do gol, o Inter teria ao menos empatado.
O jogo serviu para laboratório. Mostrou soluções do meio para a frente, mesmo que Camilo tenha sido um pouco abaixo. Mas a defesa ainda precisa de reforços, em quantidade e qualidade em todas as posições.