
Não será da noite para o dia que o Grêmio se acostumará a jogar com Lucas Barrios, após quase dois anos trabalhando com um centroavante movediço lá na frente. É injusto condenar o argentino por uma partida.
O problema do Grêmio contra o VEC, além dos desfalques de Douglas, Geromel, Maicon e Bolaños – Leo Moura está até melhor do que Edílson na lateral direita –, esteve na saída de bola. Michel e jaílson "quebravam" a transição para o ataque, com passes errados e lentidão, o que obrigava Ramiro, Luan e Pedro Rocha a recuarem para buscar jogo. Barrios, por consequência, restou isolado.
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Emergência
No intervalo, Renato corrigiu o problema e mexeu bem, colocando Lincon no lugar de Jailson, trazendo Ramiro para volante e abrindo Luan para o lado direito. Lincoln atuou na faixa central. O time melhorou sensivelmente. E melhorou quando Barrios saiu e entrou Everton.
É a história de um modelo de jogos em que os jogadores estão mais acostumados. Aí o VEC só se defendeu e até exagerou nas faltas. Faltou o gol da vitória, mas o fato é que, com Ramiro de volante na emergência, o Grêmio fez um gol (lançamento dele, aliás, espetacular).
E não tomou nenhum. Pelo menos até Maicon voltar, parece-me que é melhor ele jogar ali. Se Musto vier mesmo para ser parceiro de Maicon, aí sim: hora de Ramiro retornar para a extrema pela direita, onde encaixou o Grêmio.