
O bom das férias, além do descanso, é o natural distanciamento crítico. Você sai do olho do furação dos temas específicos, especialmente no caso de Grêmio e Inter, e recupera uma visão mais geral, o que de vez em quando é importante para oxigenar as ideias.
O Grêmio tem a vantagem do conjunto campeão da Copa do Brasil, com suas rotinas bem definidas, técnicas e táticas. Nesse contexto, as peças novas tendem a se encaixar com mais facilidade. O jogador ruim vira útil, o médio vira bom e assim por diante. Mas falta o risco calculado no atacante inquestionável, como ouvi do presidente Romildo Bolzan antes das minhas férias. Por enquanto, só jogadores médios ou apostas. E o foco do Grêmio é lá no alto: a América.
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No Inter, percebe-se que os sintomas do ano passado permanecem. Eles apontam para um time destreinado, viciado no balonismo FC desde os tempos de Argel. Não há organização ofensiva, e isso não se adquire da noite para o dia. É algo bem mais complexo. Na Série B, o Inter terá de propor o jogo. Será, sim, o adversário a ser batido. Se não criar mecanismos treinados para atacar com responsabilidade, sofrerá. O técnico Antônio Carlos Zago precisará de tempo para criar essa sistemática de ataque tanto tempo ausente no Beira-Rio