Esse protesto de um punhado de torcedores do Inter no CT Parque Gigante, além de inaceitável pela agressividade, é de uma burrice solene. Não adianta absolutamente nada. Só atrapalha. É um passo a mais no caminho do rebaixamento. Quem participou dele, desde já carrega um pedaço de culpa.
É difícil para os colorados terem paciência com Vitorio Piffero, Celso Roth (o Mazembe ainda é muito forte, embora seja injusto culpá-lo sozinho) e alguns jogadores, mas será preciso engolir em seco e esquecer tudo nesses dois jogos, contra Figueirense e Coritiba.
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Uma das vantagens do clube grande nesses momentos em que tudo parece acabado é a força popular, capaz de operar façanhas. Agora, se ficar resmungando a todo instante e jogar a favor do adversário, o fim chegará mais cedo. Até cair – ou não – o torcedor tem de apoiar.
Depois desse processo todo, mesmo que escape, quando o árbitro apitar o fim do último jogo na última rodada, aí sim ele terá autoridade redobrada para a maior vaia de todos os tempos, uma vaia inesquecível.
A torcida colorada pode entrar para a história como a responsável pelo milagre. Ou, pelo menos, por fazer a sua parte como nenhum outro agente do Inter nesse dramático ano de 2016. É o seu papel, crucial e intransferível.
Quanto às ameaças de morte ao diretor executivo Newton Drummond, é caso de polícia. Não tem nada a ver com futebol. É preciso identificar os agressores e prendê-los. Não são torcedores, mas bandidos. Simples assim: cana.
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