O que afunda o Inter cada vez mais no fosso da segundona é a falta de convicção. Sem repetir uma ideia ou escalação, qualquer uma, não há como oferecer tranquilidade aos jogadores.
O Inter tinha encontrado um conceito com Seijas, Nico López, Valdívia e Aylon. Atacou e se defendeu bem dessa maneira, contra Fortaleza e Santos, algo que não fazia há três meses. Perdeu diante do Atlético-PR, mas criou chances até para vencer. Bastou uma atuação realmente ruim, contra o Vitória, em casa, para Celso Roth mudar tudo, saindo do 4-2-3-1 com o Seijas para o 4-1-4-1 sem ele e três volantes, dois deles limitadíssimos, Fabinho e Anselmo.
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A troca de Argel por Falcão, por exemplo. Um não tem nada a ver com o outro. Estilos opostos. Qual a lógica de deixar Falcão por cinco jogos, sem dar-lhe tempo ou reforços? Não o culpo por nada.
O futebol passou mais de ano sem um executivo profissional, com métodos e ferramentas de gestão para montar um elenco equilibrado. Os reforços vieram no achismo, na dica do amigo. É o que explica Anderson, PC Magalhães, Leandro Almeida. E, claro, o inexplicável Anselmo.
O Inter só tem um volante realmente de Série A, que é Rodrigo Dourado. Os outros, inclusive o inexplicável Anselmo, são débeis. Este veio da Série B, do Joinville. Seu padrão é o do Z-4.
O titular Fabinho, 29 anos, passou por Campinense, Baraúnas, Alecrim, América-RN (quatro anos!) e Figueirense até chegar ao Beira-Rio. Pensar em três volantes nessa escassez técnica é uma temeridade.
Mas o fato é que a falta de convicção é o epicentro do furacão vermelho. É preciso rumo, seja ele qual for, para seguir respirando nessas 12 rodadas.
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