Só dois times fecharam 15 jogos, quase um turno inteiro, sem vencer na era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro. São eles o São Caetano, em 2006, e o América-RN, em 2007. Ambos não resistiram de tanto apanhar e, por fim, tombaram.
Se não vencer o Santos no Beira-Rio, o Inter se somará a eles neste recorde ingrato. Hoje, o São Caetano chafurda na Série D. O América-RN, na Série C. Não quero dizer, com isso, que a sina do Inter é ser rebaixado. Dá para escapar. Onde antes havia só a morte do antifutebol semeado, plantado e enraizado nos tempos de Argel agora se percebe alguns sinais vitais ativos.
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O Inter evoluiu, em seus limites trágicos, contra São Paulo e Sport. Merecia ter vencido, e voltar a exibir merecimento é o único caminho. Trago a estatística apenas para dimensionar o tamanho do estrago produzido pela grande culpada do drama vermelho: a política.
Unido, o Inter ergueu taça. Desunido, as deixou cair.
Canto esta pedra faz tempo. O declínio começou quando a ânsia pelos cargos de um clube cada vez maior e mais poderoso passou a alimentar a discórdia. Os que caminhavam juntos buscaram atalhos para chegar antes dos outros e colher os louros da primazia. Inteligências, várias delas, se afastaram do clube por brigas internas.
O Inter se fracionou. Perdeu lucidez. A volta de Fernando Carvalho é sintomática. Só em torno dele é possível conciliar. Chegará o dia em que cada conselheiro terá um grupo político, todos divergentes entre si e com certeza absoluta do que sua opinião é o nirvana. A ambição política fragilizou o Inter.
Se escapar, a lição está dada: o fim da brigalhada que desvia o foco do futebol.
Do contrário, cai no ano que vem.
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