O time do Palmeiras é melhor do que o do Grêmio. O grupo de jogadores também. A equipe está mais bem treinada, mais bem preparada fisicamente e está com mais confiança. E o Grêmio, em contrapartida, não terá a presença do seu melhor jogador dos últimos 20 anos: Pedro Geromel.
Mesmo assim, o Grêmio pode ganhar a Copa do Brasil.
Como?
Em primeiro lugar, mudando o foco. O Grêmio não tem mais nada a fazer, neste mês, além de se preparar para a Copa do Brasil. Todo o clube tem de se mobilizar para essa empreitada, do presidente ao ponta-esquerda.
O presidente precisa, já, definir uma premiação gorda para os jogadores, em caso de vitória. Conhecendo o meio do futebol há tantos anos, como conheço, sei bem que o ganho financeiro não é o único estímulo que importa, mas é um dos que mais importa.
Outra medida decisiva: a concentração. Em algum momento de fevereiro, os jogadores têm de ser levados para algum lugar em que fiquem reunidos apenas eles, o dia inteiro. Um hotel encarapitado na Serra, com o clima mais ameno, distante das multidões urbanas, por exemplo.
Finalmente, é preciso buscar ajuda de forças exteriores. A comissão técnica não tem encontrado soluções para o time. Agora seria a hora da humildade, de ouvir outras pessoas, de se consultar com os aliados e, talvez, mudar a forma como as coisas estão sendo feitas.
O Grêmio tem tempo para mudar e melhorar. Mas tem que querer.