Era muito desagradável quando uma facção precisava matar alguém dentro do Presídio Central de Porto Alegre. Não que os presos tivessem pruridos de cometer assassinatos. Nada disso. Afinal, eles são profissionais. O problema era a parte da desova. Para isso, após o “passamento”, eles primeiro esquartejavam o corpo e depois o desossavam. Em seguida, a carne era queimada. As sobras eles enterravam no pátio ou escondiam em nichos cavados nas paredes das celas. Já a cabeça, maior e mais incômoda, não raro alguém atirava por cima do muro da cadeia, como se fosse uma bola de futebol.
Presídio Central
O lado obscuro de Porto Alegre
Livro releva a Capital do crime e do medo
David Coimbra
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